O deprimido possui uma lente negativa para ver o mundo. É preciso um esforço extra para sair da cama pela manhã. Há relatos de que a pessoa sente que precisa de um guincho para se levantar pela manhã.
A pessoa se sente triste, cansada, com a concentração diminuída, a memória fica comprometida e com pensamentos pessimistas, bem como idéias de culpa e ruína. As expectativas podem ser sempre as piores, e em nenhuma circunstância sentir-se otimista, mesmo diante de circunstâncias favoráveis.
O sono, o desejo sexual e o apetite podem estar alterados, tanto para mais quanto para menos e não sente mais prazer nas coisas como sentia antes, inclusive as relações com o outro ficam comprometidas.
Todos nós sentimos ansiedade durante toda a nossa vida, pois ela faz parte de nossa condição humana. Ela é nossa aliada, no sentido de que muitas vezes nos alerta de perigos, e nos prepara para sobreviver, sendo essa sua maior contribuição. O problema começa quando ela se torna um estado quase constante para a pessoa. Muitas vezes não há tempo do corpo se reequilibrar e já ocorre outra descarga. Essa situação facilita o surgimento de sintomas físicos e psíquicos, e a instalação de doenças físicas ou mentais. As mais comuns relacionadas à ansiedade são: problemas cardíacos, insônia, déficit de atenção, depressão, síndrome do pânico, dentre outras.
O tratamento para a ansiedade é indicado apenas quando ela ultrapassa os limites do suportável, e os sintomas se instalaram. Há dois tratamentos indicados, sendo que o ideal é que sejam complementares. O primeiro é a psicoterapia, pois ela habilita a pessoa a aprender a se conhecer melhor, e a desenvolver formas alternativas e mais criativas para lidar com a ansiedade do que construir sintomas. O segundo é o uso de medicação, dependendo dos sintomas. Essa medicação deve ser prescrita por médicos habilitados e com formação específica.
A psicanálise permite perceber que o que se denomina por ataques de pânico são crises de angústia, em que o afeto é a ansiedade, a vivência é de risco de morte imimente, acompanhada dos concomitantes físicos descritos.
A ansiedade do pânico é como um tsunami: afoga a mente e alaga o corpo.
Os ataques do pânico caracterizam-se por um período de intenso medo e desconforto; início súbito e intensidade ascendente; sensação de catástrofe iminente e desejo de escapar. Devem se acompanhar de ao menos quatro dos sintomas seguintes: palpitações ou taquicardia; sudorese; tremores ou abalos; sensações de asfixia; dor ou desconforto torácico; náusea ou desconforto abdominal; sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo); medo de perder o controle ou enlouquecer; medo de morrer; anestesia ou sensações de formigamento; calafrios ou ondas de calor.
Embora os sentimentos de terror, pânico, fobia e medo se entrelacem, há uma distinção central. Podemos falar da ausência de representação no pânico e no terror. Na fobia a escolha de um objeto fóbico se caracteriza como um tipo de representação que mantém o medo à distância. Já o medo é passível de vários níveis e qualidades de representação.
A Fobia é um medo irracional, persistente, de objeto ou situação específicos, ocasionando intenso desejo de evita-los. Nas fobias, diferentemente do Pânico, é como se o medo “ganhasse cara”; além disso, os sintomas somáticos que acompanham são menos intensos e frequentes.
Dentre elas há o transtorno há o Transtorno bipolar. Que é denominado de transtorno afetivo bipolar, onde apresentam fases de depressão intercaladas com fases de euforia. Como já foi dito, quando a pessoa está em um estado de euforia, ela fica com muita energia, a libido aumentada, a autoestima elevada e a autocrítica diminuída.
Cerca de 50% das depressões podem fazer parte deste tipo de depressão denominado de bipolar e exigem um tratamento diferenciado e contínuo.
O Estresse pode ser definido como um esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações ameaçadoras à sua vida e ao seu equilíbrio interno e pode ser dividido em dois tipos básicos: Estresse agudo – é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas passageiras como a depressão, morte de parentes, perda de emprego, assalto, etc., e estresse crônico – afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia.
As causas mais comuns do estresse são:
1- Mudanças violentas que podem ultrapassar nossa capacidade de adaptação
2- Sobrecarga de trabalho, que acarreta falta de tempo, excesso de responsabilidade, a falta de apoio e expectativas exageradas;
3- Uso de fumo, álcool, drogas lícitas e ilícitas, que podem provocar reações no organismo e causar dependência física e psicológicas.
4- Ruidos intensos podem fazer com que a pessoa fique sempre em estado de alerta, e provoca irritação e perda de concentração, desencadeando reações de estresse, que podem levar à exaustão.
5- O medo também acentua nas pessoas a preocupação.
6- O Trânsito também contribui para o aumento de estresse.
7- Alterações do ritmo habitual do organizamos- provoca irritabilidade, problemas digestivos, dores de cabeça e alterações do sono;
8- O progresso tecnológico muitas vezes é acompanhado do aumento das pressões, acentuando os níveis de exigências aos trabalhadores.
9- Alimentação incorreta também contribui para o aumento do estresse.
Quais são os sintomas físicos mais comuns do estresse?
Dores de cabeça, indigestão, alterações do sono, incapacidade de relaxar, p alpitações, alergias, quando de cabelo, alterações no apetite, gastrite, alterações na pele e esgotamento físico.
Os sintomas psicológicos do estresse mais comuns são:
Auto-estima prejudicada; Apatia e indiferença; Alteração na atenção e memória; Isolamento e introspecção; Sentimento de perseguição; Desmotivação, Irritabilidade
Ansiedade, depressão.
Como prevenir e controlar o estresse?
Reeducação alimentar; praticar exercícios físicos regulamente, participar de atividades de lazer, fazer acompanhamento com psicólogo em psicoterapia, e, se necessário, utilizar medicações devidamente indicadas por psiquiatra habilitado.
Como prevenir o Burn-Out?
A prevenção da síndrome de Burn out deve considerar:
• Adotar hábitos saudáveis de vida
• Evitar consumo de álcool, cigarro e outras drogas
• Programar melhor as atividades do dia, utilizando o tempo livre para o lazer e não preenche-las com mais trabalho
• Organizar o ambiente de trabalho de maneira que traga sensação d econforto e bem-estar
• Desenvolver talentos pessoais, diferenciando competência de competição
• Aprender a dizer não
• Praticar técnicas de telaxamento e exercícios físicos
• Buscar apoio social, cultivando o relacionamento interpessoal
• Psicoterapia individual