Resumo

O trabalho por aplicativos, impulsionado pelo avanço das tecnologias, vem se expandido no Brasil devido ao aumento do desemprego e recessão econômica, tornando-se uma alternativa para as pessoas se manterem no mercado de trabalho e melhorarem sua renda. Embora as plataformas digitais tragam inovações e oportunidades de emprego, também trazem impactos negativos aos trabalhadores que delas dependem. Este artigo, baseado na abordagem da Psicodinâmica do Trabalho, pretende analisar a organização do trabalho, vivências de prazer, sofrimento e estratégias de enfrentamento de diaristas do serviço de limpeza doméstica que utilizam plataformas digitais. A pesquisa, de natureza qualitativa, consistiu em entrevistar dez diaristas que operam por meio dessas plataformas. Para análise dos dados utilizou-se a análise clínica do trabalho. Os resultados destacaram que flexibilidade, aumento de clientes, promessas de maiores ganhos e autonomia atraem profissionais para o uso de aplicativos, permitindo que elas conciliem com outras atividades. No entanto, a uberização do trabalho contribui para a precarização, com as empresas explorando as trabalhadoras, desonerando-se de direitos trabalhistas e transferindo riscos e custos às mesmas. Conclui-se que essa forma de trabalho é preocupante porque gera vivências de sofrimento. É necessário buscar soluções para garantir melhores condições de trabalho e bem-estar para essas trabalhadoras.

 

O trabalho das diaristas através das plataformas digitais:

a precarização e o impacto em sua saúde mental

A partir de avanços tecnológicos e do grande número de usuários de internet móvel,
inúmeros novos aplicativos (apps) têm sido lançados fazendo cada vez mais parte do cotidiano
da população (Dusi et al., 2016). Em decorrência desses avanços nota-se também que hoje
existem inúmeros aparelhos móveis que permitem o acesso e o acompanhamento de toda a
rotina de uma pessoa que vai desde e-mails, transações bancárias, fazer pedidos de alimentação
e até programação de viagens. Diante desse cenário os apps trazem uma melhoria para a vida
das pessoas e consequentemente o aumento de trabalho (Naveca et al., 2020).
Esse novo modelo de utilização da tecnologia causa também um impacto na vida dos
indivíduos como por exemplo, as mudanças nos trabalhos convencionais, surgindo então novas
formas de ocupação como o teletrabalho e os trabalhos realizados que dependem de plataformas
digitais (Ferreira & Cruz, 2020). Coutinho e Ferreira (2021) pontuam que essa nova tendência
de trabalho vem crescendo de forma significativa nos últimos tempos, dados que também são
confirmados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) no ano de 2019, que
aponta que 3,8 milhões de brasileiros utilizam o aplicativo como uma forma de aumento de
trabalho e consequentemente de aumento de sua fonte de renda (trabalho e de fonte de renda).
Segundo Oliveira et al. (2019), o Brasil tornou-se um dos terrenos mais férteis para a
popularização dos apps por uma conjunção de fatores econômicos e sociais. A recessão do país
desde 2014 e a taxa de desemprego elevada levaram as pessoas a procurar serviços mais baratos
e também a buscar novas formas de trabalho. Soma-se a esse cenário a ascensão das classes C,
D e E, que passaram a consumir pela internet e, sobretudo, pelo celular. De 2010 a 2018, a
penetração de smartphones na classe C passou de 42% para 77%; entre as classes D e E, de
13% para 49%.

O uso da tecnologia permitiu que o indivíduo buscasse outras maneiras de atuar no
mercado de trabalho e aumentar seu faturamento. Como destacam Rebechi e Baptistella (2021)
diante da possibilidade de conseguir outras formas de atividades assim como aumentar a fonte
de renda, a tecnologia da informação e da comunicação desenvolvidas por plataformas digitais,
em especial o uso de aplicativos de celular, começam a ser utilizadas por grande parte da
população brasileira.
Todo este cenário tecnológico tem contemplado o serviço de limpeza doméstica
executado por diaristas nas residências de inúmeros brasileiros. Plataformas digitais têm se
tornado cada vez mais frequentes na solicitação destes serviços por usuários de distintas faixas
etárias e classes sociais.
Neste contexto, a presente pesquisa propôs como questão norteadora analisar quais são
as características da organização do trabalho, as vivências de prazer, sofrimento e as estratégias
de enfrentamento manifestadas por trabalhadoras diaristas do gênero feminino atuantes na
cidade de Goiânia e região metropolitana cadastradas em plataformas digitais. Apresenta-se
como objetivo analisar a organização do trabalho, as vivências de prazer, sofrimento e as
estratégias de enfrentamento de diaristas que trabalham utilizando plataformas digitais para
intermediar seu trabalho.
É necessário considerar que o cenário das mudanças do trabalho precarizaram os
trabalhadores, inclusive no contexto de desigualdade social e econômica do Brasil e do mundo.
Assim, a atual pesquisa traz dados relevantes que demonstram o impacto das novas condições,
relações e organização do trabalho de profissionais que antes tinham o amparo legal da CLT e
agora não tem segurança, como por exemplo nos casos de adoecimento e acidentes de trabalho.
Ao trazer a discussão tais dados, a pesquisa promove a reflexão sobre a precarização do trabalho
e suas consequências à saúde das trabalhadoras individualmente e socialmente.

Precarização as plataformas digitais e a saúde mental das trabalhadoras
Luna e Oliveira (2021) discorrem que o trabalho realizado por plataformas digitais abriu
um caminho para que empresas que se utilizam desse trabalho de forma errônea reduzissem o
valor da mão de obra, controlassem os trabalhadores e consequentemente aumentassem seus
lucros, uma vez que não vêm arcando com direitos trabalhistas aos trabalhadores. Percebe-se
então uma configuração da precarização do trabalho.
Devido aos avanços tecnológicos, a ocorrência da pandemia da COVID-19 e o alto
índice de desemprego no Brasil houve um grande crescimento por serviços oferecidos por plataformas digitais ou aplicativos. Entretanto, uma pesquisa realizada pela CUT em parceria com a Organização Internacional do Trabalho aponta que o aumento da erosão do trabalho
assalariado nas últimas décadas configurou uma nova categoria de trabalho denominada
“uberização do trabalho” e que vem revelando uma nova face da precarização no país, com
extensas jornadas de trabalho, sem direitos trabalhistas e previdenciários e até “rendimento
negativo”, ou seja, baixa remuneração em proporção às horas trabalhadas (Parizotti, 2021).
O termo “uberização” tornou-se conhecido através da entrada da empresa Uber no
mercado, e que também se torna uma nova forma de controle, gerenciamento e de organização.
Se conceitua como uma nova forma de relação de trabalho, que abrange vários setores da
economia, envolvendo diversas ocupações, níveis de qualificação, rendimentos e condições de
trabalho. Ela também se exime do cumprimento de direitos legais constituídos, o que resulta
em “flexibilização, exploração do trabalho, o que legitima a legalização e banalização da
transferência de custos e riscos ao trabalhador” (Abilio, 2020).

A autora descreve que nas últimas décadas notou-se uma nova forma de se transferir o
trabalho, os riscos e os custos para empresas e trabalhadores subordinados a empresas
principais. Com o crescimento das novas tecnologias, a mundialização da produção e do
capitalismo, as grandes empresas estabelecem novas formas de controle e subordinação e o
processo produtivo conta agora com o gerenciamento do próprio trabalhador.
Assim, as plataformas digitais têm sido um grande intermediário às novas formas de
organização de trabalho, determinando novas relações de trabalho como o autogerenciamento
subordinado, pois não existe um contrato de trabalho, mas impõe um compromisso de aderir à
plataforma. Dessa forma o trabalhador encontra-se desassistido de direitos e garantias
trabalhistas, devendo estar disponível para o trabalho, além de assumir riscos e custos referentes
a ele. E, ao assumir essa disponibilidade para o trabalho, não participa de quaisquer negociações
nem do valor pago pelo mesmo (Abilio, 2019).
Quanto ao trabalhador uberizado, Abílio (2020) destaca que ele não dispõe de qualquer
vínculo trabalhista, não ocorre um processo seletivo formal, entrevista, envio de currículo e
nem demissão uma vez que não existe também uma contratação formal. Assim, profissionais
de todas as áreas e profissões aderem às empresas de plataformas como parceiros, não sendo
necessário assinatura de contrato formal de trabalho, apenas um contrato de adesão onde os
trabalhadores devem cumprir requisitos mínimos.
A autora ressalta que o trabalhador amador se configura como um trabalho que não é
trabalho pois, não existe uma identidade dessa ocupação bem como normas ou leis que regulamentem essa modalidade, como acontece por exemplo com os motoristas de táxi que se encontram dentro de uma categoria profissional normatizada.

Trabalhadoras Domésticas
A categoria de trabalhadoras domésticas é muito precarizada e por anos passa por
processos de exclusão jurídica, não tendo reconhecidos por exemplo direitos como os
trabalhistas e previdenciários. Com a própria implantação do Direito do Trabalho as
trabalhadoras domésticas não receberam respaldo jurídico, porém, com a consolidação da Lei
nº 5.859 de 11 de dezembro de 1972 foram previstos três direitos garantidos às domésticas:
carteira de trabalho assinada, recolhimento de INSS e férias remuneradas.
Destaca-se que com a promulgação da Constituição Federal de 1988, em seu art. 7 °,
parágrafo único, apenas nove direitos eram garantidos às empregadas domésticas. Em 2006 por
meio da Lei n. 11.324 são acrescentados em sua redação mais quatro novos direitos e em 2012
a Proposta de Emenda à nº 66, de 2012, conhecida como “PEC das Domésticas” visava direitos
e garantias previstos na CLT (Coutinho & Ferreira., 2021).
No dia 02 de abril de 2013 é promulgada a Emenda Constitucional nº 72 que modifica
o art. 7º da Constituição Federal e decide igualar direitos trabalhistas das domésticas aos
trabalhadores urbanos e rurais e a Lei Complementar n°150 publicada em 1 de junho de 2015,
revoga a Lei n.º 5.859 de 11 de dezembro de 1972 regulamentando de forma ampla novas
normas referentes contrato de trabalho de trabalho doméstico (Delgado, 2019).
Cardoso (2017) dispõe que o trabalho de diarista se caracteriza como um novo modelo
de prestação de serviço que pode ser realizado em vários domicílios, possibilitando também
maiores ganhos e uma relação direta e profissional com o contratante. Entretanto, essa
modalidade contribui para a precarização de vínculos trabalhistas, uma vez que o emprego de
diaristas no Brasil é um modelo comum da informalidade e permanece sem nenhuma assistência
legal normatizada.
Geralmente, o trabalho doméstico é realizado por mulheres como forma de
complementação de renda e é utilizado por pessoas e famílias com classe social média e alta.
No que diz respeito à informalidade, a autora descreve que a modalidade de trabalho de diarista
é muito comum no mercado brasileiro. A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) atribui
à categoria serviços domésticos em geral como: arrumação e faxina de residências, preparo de
refeições, administração de casas, cuidados com e assistências às pessoas, cuidados com plantas
e animais.

Assim, não existe uma definição para o conceito de diarista, porém, tal ocupação
profissional é criada na atualidade devido aos avanços tecnológicos dos aparelhos
eletrodomésticos, onde pode-se congelar comida e realizar outras atividades enquanto, por
exemplo, a máquina lava as roupas. Dessa forma surge a necessidade de contratação de serviços
que sejam feitos em dias alternados, surgindo então uma nova categoria de trabalho, diferente
das empregadas domésticas (Almeida, 2014).
Naveca et al. (2020) ressalta que segundo dados da Organização Mundial do Trabalho
ILO (2013), o Brasil é o país que mais contrata diaristas, seja por profissionais autônomas ou
através de empresas terceirizadas. Alguns dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA) , realizados em 2019, demonstram que, devido à crise econômica, famílias optaram pela
contratação de diaristas em vez de contratação de empregadas com carteira assinada. Em 2018
as diaristas já se encontravam num total de 2,5 milhões de mulheres, ou seja, 44% dentro desta
categoria.
Coutinho e Ferreira (2021) expõem que no primeiro trimestre de 2020 apenas 28% dos
trabalhadores domésticos exerciam suas atividades com carteira assinada segundo dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua). O autor destaca
durante a pandemia do COVID-19 colaborou para o aumento do desemprego, vulnerabilidade
e precarização da trabalhadora doméstica.
Dessa forma o trabalho como diarista passou a ser uma alternativa pois, tem a vantagem
de flexibilização de horário podendo organizar sua agenda de atendimentos podendo escolher
locais, datas e horários para a prestação do serviço, quantas diárias a serem realizadas por dia
além do recebimento imediato do seu pagamento (Naveca et al, 2020).
Psicodinâmica do Trabalho (PdT)
A Psicodinâmica do Trabalho (PdT), é uma abordagem criada pelo médico francês
Christophe Dejours, em 1980. Dejours possui formação em psicanálise e psicossomática,
coordena o laboratório de Psicologia do Trabalho e da Ação, onde realiza um trabalho de
pesquisa em atenção ao sofrimento psíquico dos trabalhadores e quais são as estratégias de
enfrentamento que eles buscam para tornar o trabalho uma fonte de prazer. (Bueno & Macêdo,
2012) define a Psicodinâmica do trabalho como:
um campo da psicologia que se ocupa da análise das relações entre o trabalho e a saúde
mental dos trabalhadores, considerando o trabalho como uma atividade social e psicológica que envolve as relações interpessoais, as condições de produção e as
estratégias de defesa dos trabalhadores (Dejours, 1992, p.11).
Machado e Macêdo (2022) dispõe que a Psicodinâmica do Trabalho (PDT) se
caracteriza como o estudo de prazer ou sofrimento advindos das relações de trabalho, buscando
também a compreensão subjetiva e psíquica dessas relações. Para os autores, a abordagem da
psicodinâmica também se propõe a compreender a subjetividade do indivíduo e como sua
relação com a organização afeta a saúde mental e qualidade de vida no trabalho. Eles também
destacam que é importante a análise das práticas de gestão e políticas organizacionais para a
busca de situações que podem contribuir para a promoção ou adoecimento do trabalhador.
De acordo com Bueno e Macedo (2012) duas grandes categorias compõem a
psicodinâmica do trabalho: A primeira categoria da Organização do trabalho abrange a
organização do trabalho, as condições de trabalho e as relações de trabalho. E a segunda
categoria é formada pela Mobilização subjetiva do trabalhador, onde engloba a vivência de
prazer e sofrimento, estratégias de defesa e espaço de discussão coletiva. Dejours (1992) afirma
que: A organização do trabalho é entendida como sendo a divisão deste conteúdo da tarefa,
o sistema hierárquico, as modalidades de comando, as relações de poder, as questões de
responsabilidade. De uma maneira mais ampla, a organização do trabalho é a forma
como, por um lado, as tarefas são definidas, divididas e distribuídas entre os
trabalhadores; por outro, a forma como são concebidas as prescrições, e, a forma como
se operam a fiscalização, o controle, a ordem, a direção e a hierarquia (Dejours, 1992,
p.53).

A atividade do trabalho envolve uma interação dialética entre o trabalhador e as
situações do trabalho. A partir dessa dinâmica o trabalhador atribui um significado ao que faz,
podendo ter como resultado experiências de prazer ou de sofrimento. As vivências de
sofrimento são decorrentes da angústia enfrentada pelo trabalhador ao perceber a discrepância
entre as prescrições e a realidade do trabalho. Em contrapartida, as vivências de prazer surgem
a partir dos benefícios resultantes do trabalho, podendo se manifestar por meio de sensações de
gratificação, realização, reconhecimento, liberdade e valorização do trabalho (Freitas & Facas,
2013)

Bueno e Macêdo (2012) definem a mobilização subjetiva do trabalhador como uma
forma de descobrir estratégias para o enfrentamento de sofrimentos e novos meios de
experimentar o prazer em relação ao trabalho, eles destacam que segundo Dejours (2009):
A mobilização subjetiva manifesta-se com grande força na maioria das pessoas
saudáveis; as coisas acontecem como se o indivíduo, diante da organização do trabalho,
não conseguisse deixar extravasar os recursos de inteligência e sua personalidade.
Contudo essa mobilização subjetiva, por mais espontânea que seja, não deixa de ser
extremamente frágil, a depender da dinâmica entre contribuição e retribuição. Na
ausência deste conhecimento, a tendência é desmobilizar-se e, por conseguinte, adoecerse (Dejours, 2009, p. 78).
Ela se configura também como o processo utilizado pelo indivíduo usando seus
mecanismos psíquicos e o ambiente público de desacordos relacionados ao trabalho. Esse
processo é vivenciado particularmente pelo trabalhador e permite uma transformação do
sofrimento em um novo sentido para o trabalho (Fleury & Macêdo, 2015). Os autores destacam
que: O sofrimento no trabalho é identificado por meio de compreensão das estratégias
construídas, esforçando-se para dissimulá-las. O sofrimento no trabalho é identificado
por meio da compreensão de estratégias defensivas ou da mobilização subjetiva, pois
elas desempenham papel fundamental na adaptação e ajustamento das necessidades dos
trabalhadores às imposições da organização do trabalho (Fleury e Macêdo, 2015, p.
107).

Os autores discorrem que as estratégias de enfrentamento individuais são meios que os
trabalhadores utilizam para se adaptar às pressões ocorridas em ambiente laboral, alienando-se
para minimizar o tédio, a insatisfação da tarefa realizada e o sofrimento. O resultado desse
processo de alienação é reforçado com o aumento de produção gerando ganhos financeiros,
alimentando o fator ideológico capitalista socialmente imposto de produção e consumo,
excluindo o sofrimento psíquico relativo ao trabalho. (Fleury & Macêdo, 2015). De acordo
Campos e Viegas (2022) as estratégias de enfrentamento não alteram a realidade prejudicial
imposta pela organização, e têm como objetivo diminuir o sofrimento advindos da relação de trabalho, buscando alterações dos aspectos do trabalho que provocam o sofrimento, evitando
assim, maiores danos à saúde.

Método
A presente pesquisa trata-se de um estudo de caso de caráter descritivo em abordagem
qualitativa baseada na psicodinâmica do trabalho.
Instrumentos
Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista individual
semiestruturada, seguindo o roteiro de perguntas formuladas a priori. A coleta de dados foi
realizada pela primeira autora.

Participantes
O presente estudo foi desenvolvido com dez trabalhadoras diaristas, prestadoras de
serviços para plataformas digitais especializadas em trabalhos domésticos na cidade de
Goiânia-GO e região metropolitana. Todas as dez participantes da pesquisa eram do sexo
feminino, com a idade variante de 21 a 49 com idade média de 36 anos.
Como critérios de inclusão, as trabalhadoras participantes da pesquisa teriam que ser
diaristas prestadoras de serviços domésticos através de plataformas digitais, que demonstrassem
interesse em participar e que assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE).
Foi explicado sobre os riscos mínimos que poderiam ocorrer durante a entrevista, como
por exemplo: cansaço, desconfortos visto que o procedimento de coleta de dados poderia
levantar questões relacionadas ao seu cotidiano podendo acarretar transtornos emocionais.
Caso a participante apresentasse algum dos problemas mencionados seriam tomados
os cuidados e assistências imediatas, integrais e gratuitas relacionadas aos possíveis danos
decorrentes de sua participação no estudo. Com o intuito de preservar a identidade das
participantes na citação das falas, utilizaram-se os códigos de P1 a P10.
Local da pesquisa
Os dados foram coletados no ambiente de trabalho das diaristas, com data e horários
pré acordados entre entrevistada e pesquisador, em uma sala apropriada para a sua realização.

 

Procedimentos para coleta e análise de dados
Foram realizados contatos com aplicativos de prestação de serviços domésticos
solicitando uma diarista para a realização da entrevista. O segundo contato foi realizado com a
profissional encaminhada para o local onde seria realizada a entrevista.
Em seguida foi apresentado o projeto com o intuito de confirmar o seu interesse em
colaborar na realização da entrevista e as condições em participar da pesquisa. Ao todo
participaram dez trabalhadoras que atendem por plataforma de serviços de diarista.
Após o aceite do convite ocorreu a assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) autorizando a realização da pesquisa. Em seguida foi feita a coleta de dados
com as trabalhadoras por meio de entrevista utilizando um roteiro semiestruturado para se adequar ao tema proposto.

Técnica de análise dos dados
Após as entrevistas, foram realizadas as transcrições na íntegra e a posteriori, análise
clínica do trabalho com triangulação de juízes. Nesta análise, tem-se três profissionais clínicos
do trabalho a partir da lente da Psicodinâmica do Trabalho, o que amplia a compreensão do fenômeno.

Resultados
A precarização na organização do trabalho das plataformas digitais de diaristas
Todas as dez participantes da pesquisa eram do sexo feminino, com a idade variante de
21 a 49 com idade média de 36 anos, apenas uma (10%) tinha ensino fundamental incompleto,
oito tinham ensino médio completo e um ensino superior completo em pedagogia. Das
integrantes uma (10%) era da Venezuela e as outras 90% eram brasileiras.
O estado civil das entrevistadas foi descrito como, 30% das participantes eram solteiras,
40% eram casadas, 20% estavam em união estável e 20% divorciadas. Em relação ao número
de filhos, 10% não tinha filhos, 20% tinham um filho, 60% tinham dois filhos e 10% tinham
três filhos.
Como motivação para buscar essa modalidade de trabalho por aplicativo de celular
estavam, a necessidade financeira, o desemprego e a busca por melhores condições de trabalho,
sendo que 70% das entrevistadas buscaram informações na internet e 30% com conhecidos.
Em relação às experiências trabalhistas das participantes, apenas duas (20%) nunca
tinham trabalhado antes e 70% tinham experiência anterior em outras ocupações e uma (1%) já trabalhava com faxina. Das participantes 50% já tinham trabalhado com contrato formal (CLT)
anteriormente.
Das entrevistadas, 90% delas trabalham vinculadas à plataforma específica e 50%
também realizavam faxinas de maneira particular.
Sobre as vantagens da plataforma, as participantes relataram a captação de clientes
como forma de aumentar a agenda de trabalho, a flexibilidade de horários, oportunizando a
organização de outros compromissos e a possibilidade de aumento de ganhos. Outra vantagem
é que 80% dizem que houve aumento de serviços após entrar na plataforma.
Quanto ao contrato, relataram que há um contrato de trabalho indicando que não há
nenhum vínculo, e que, caso quebre alguma coisa na casa do cliente, é a trabalhadora que fica
responsável pela reposição, isentando a plataforma de qualquer custo. Dois trechos do discurso
demonstram esse aspecto:
P10: “Eles fizeram um contrato porque assim se você quebra alguma coisa na casa do
cliente você paga, se sumir alguma coisa da casa do cliente você paga.”
P8: “Eles falam igual, nós assinou lá, mais eles estavam falando tipo assim, eles falou
assim que não era um… era só um contrato não é carteira assinada nem nada. Nois não
tem direito a nada, aí tipo, nois assinou lá que ele fala assim se alguém tiver, ou só pegar
o número do cliente você tem que pagar multa pra eles de trezentos reais, aí você já
assina ciente que se você pegar, tipo ameaçando a gente, desse jeito.”
Todas relataram que não receberam nenhum treinamento. Ao serem perguntadas sobre
o suporte que recebem, todas disseram que no valor da diária já está incluído o vale transporte,
e que os EPIs, e alimentação ficam a cargo delas, e os materiais de limpeza do cliente, ilustrando
a precarização nas condições de trabalho, como demonstrado no trecho de discurso: P10: “Não,
sai tudo do bolso da gente.”
Apesar de 40% afirmarem que podem recusar alguns trabalhos, 60% relataram essa
impossibilidade, ou uma pressão para que aceitem os trabalhos pois, se recusarem com
frequência são desligados, como ilustram os trechos:
P10: “Tenho, eles jogam no aplicativo e aí eu vou lá e entro no mapa, vejo o local, aí se
caso eu achar que é muito longe tem a opção de eu não pegar.”
“Não, se você recusar muito eles te tiram né, mas as meninas fala que tem que ser até
três.

P8: “Não, tipo se fala que vai tem que ir.”
Segundo os relatos, a maioria fica à disposição da plataforma pelo menos duas vezes
por semana, com turnos variando de quatro a oito horas, matutino e vespertino. A média são de
oito a doze horas diárias, não recebem almoço e o vale transporte já está incluso no valor da
diária, que representa 39% do valor pago pelo cliente. A média de recebimentos não chega nem
ao valor correspondente ao salário-mínimo vigente à época da coleta de dados.
P8: “Uai, eles colocam assim, manda um dia antes o negócio falando no aplicativo o
horário das oito horas por dia, aí eles colocam assim de oito horas , entra oito horas de
serviço e aí no final ele não coloca mas, se você não tirar a hora do almoço das oito as
quatro ou se tirar minutos você desconta, aí coloca lá, o… pra onde você tem que ir, aí
eles escreve assim no… negócio embaixo, não oferece almoço.”
P6: “É média de doze horas por dia, sem intervalo de almoço.”
A Mobilização Subjetiva
Vivências de Prazer
De acordo com a Psicodinâmica do Trabalho, as vivências de prazer desempenham um
papel fundamental na motivação dos trabalhadores e na transformação que causam o
sofrimento, ela se manifesta em diversos aspectos como o reconhecimento, a sensação de
realização, a autonomia e liberdade.
As diaristas relatam experienciar o prazer quando descrevem ter liberdade e autonomia
para a escolha de dias e horários em que desejam realizar suas atividades, a possibilidade de
cuidar dos filhos e da família além de gostarem do trabalho. Nota-se que segundo os dados
apresentados com relação ao trabalho, a maioria das participantes descreveu que gosta do
trabalho por terem autonomia e liberdade, além de poderem conciliar com outras atividades,
como destacado abaixo:
P6: “É, eu tinha outro trabalho fixo, e.. é. Era em escala de trinta e seis e eu
quis conciliar o dia que eu tava sem fazer nada pra ter outra atividade e foi
quando eu entrei no aplicativo. Eu gostei tanto da atividade que deixei o fixo e
fiquei só na faxina”.

P7: “Bom, pra mim eu gosto muito porque eu me sinto assim é, liberal pra mim
trabalhar, não tenho que cumprir, tenho que cumprir horário com cliente mas
não com a empresa em si. Lógico, a empresa exige sim mas eu não preciso dar
oito horas naquele trabalho”
P8: “As vantagens tipo, agora eu to meio, eu já arrumei emprego de carteira
assinada pra trabalhar por dia mas só que assim, quando eu ia trabalhar de
carteira assinada querendo ou não você fica preso na pessoa, tipo, você quer
resolver uma coisa, semana que vem eu tenho que ir no médico, pra mim eu
pego atestado, mas se você for levar um filho você pega atestado e eles não
aceitam. Você tem que resolver um problema aí o patrão não acha bom, aí eu
falei assim por enquanto eu quero trabalhar de diarista, porque você pode falar
que hoje eu não vou porque tenho que resolver umas coisas, a desvantagem é
o valor que paga.”

Vivências de Sofrimento
Entretanto, apesar dos dados apresentarem informações sobre as vivências de prazer
percebe-se que existe uma maior predominância nas vivências de sofrimento decorrentes da
sobrecarga que gera cansaço, além da percepção do quanto são exploradas. Alguns trechos
ilustram esse aspecto:
P3: “As vezes eu penso em desistir, porque tem um lado da empresa que é bem
ignorante, arrogante, sabe. Tipo assim, se a localização não tiver exata e eu mandar
mensagem de localização, tal, eles, você não sabe ler, não sabe o endereço e tal.”
P10: “Eu assim, eu não tenho questão em relação a empresa, mas eu fico meio que
decepcionada, entendeu? Porque assim, eu acho meio injusto né, eu penso assim, na
verdade é essa, porque assim, elestiram muito e a pessoa não tem direito nenhum, direito
trabalhista esquece, e você entrar numa casa e cair da escada e se quebrou todinha, o
problema é seu entendeu? Então eu acho meio injusto.”
P5: “A desvantagem, por conta da parceria com a empresa, a gente acaba recebendo
bem pouco e eles recebem quase o dobro do que a gente.”
P7: “Eu sei que sou enganada, em questão de pagamento eu tenho consciência disso,
mas a minha visão é de conquistar os clientes.”
P8: “Eu assim, eu queria que eles fossem mais honesto tanto com vocês quanto com a
gente, porque eles não são nada assim, como cobrar taxa maior fim de semana sendo que não é repassado pra gente, eles passam pro cliente sendo que pra diarista não
repassa, então essa honestidade que eles deveriam ter.”
Estratégias de enfrentamento
Os dados descritos no quadro 1 mostram as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas
diaristas.

Quadro 1
Estratégias de enfrentamento utilizadas pelas diaristas
Vantagens Desvantagens
Estar trabalhando recebe mais Dificuldades com o transporte
Captar clientes para atendimento particular Não ter carteira assinada
Liberdade e autonomia, pois, faz seu
próprio horário
Não ter seguridade social
Não ter férias, 13º
Falta de material fornecido pelo cliente
Sabe que está sendo explorada
Aguentar cliente chato e exigente
Fonte: Autoras (2023)
As estratégias de enfrentamento apresentadas nas falas das entrevistadas mostram que
são meios de lidar com a pressão, conflitos, estresse, falta de suporte e assistência oriundas da
forma de trabalho e das demandas da ocupação. Ao utilizar dessas estratégias, as diaristas
tentam lidar melhor com situações adversas, melhorar sua capacidade para enfrentar as
dificuldades, minimizar os impactos negativos sobre si mesmas e preservar seu bem-estar
psicológico.
Percebe-se que segundo dados trazidos na pesquisa, as trabalhadoras relatam que apesar das
dificuldades enfrentadas elas ainda gostam do fazem, citam também que existem vantagens na
modalidade de trabalho através das plataformas digitais, pois através dela podem aumentar o
número de novos clientes e consequentemente melhorar a renda financeira, tem como elas
descrevem também pontos positivos do trabalho como autonomia e liberdade para conduzir a
jornada de trabalho.

 

Discussão
A psicodinâmica do trabalho busca compreender as relações do trabalho e a
subjetividade humana, ele desempenha um papel fundamental na vida das pessoas pois, além
se ser uma atividade produtiva é também um fator identitário, com influência direta na
subjetividade e na saúde física e psicológica das pessoas, buscando compreender o sofrimento
decorrente do trabalho e as defesas psíquicas utilizadas pelo trabalhador elaboradas para
garantir o bem-estar físico e emocional no ambiente laboral. (Bueno & Macêdo, 2015).
Os resultados apresentados na pesquisa apontam que o uso das tecnologias
principalmente no que refere às plataformas digitais, foi um facilitador na busca por trabalho
utilizados pelas diaristas, nota-se que 70% das entrevistadas buscaram informações de trabalho
pela internet e apenas 30% buscaram por indicações de conhecidos. Dessa forma os dados
comprovam que as novas configurações de trabalho por app vem aumentando
consideravelmente (Coutinho & Ferreira, 2021).

A modalidade de trabalho através das plataformas digitais, conceituado como
“uberização do trabalho” se caracteriza como uma parceria entre trabalhador e a empresa, onde
existe uma parceria colaborativa em que as diaristas têm autonomia e flexibilidade para
organizar sua agenda de trabalhos e clientes, entretanto os apresentaram uma discordância nos
relatos trazidos pelas trabalhadoras. Embora não exista contrato de trabalho fixo, 90% das
entrevistadas trabalham exclusivamente com a plataforma específica, estando sujeitas ao
cumprimento de normas e regras estabelecidas pela empresa como por exemplo estarem
disponíveis para os atendimentos solicitados. Como destaca Abílio (2020) a uberização do
trabalho retrata que apesar do discurso de autonomia e flexibilização, as empresas têm o
controle e a subordinação das diaristas.
Os dados também foram relevantes no que diz respeito a falta de assistência e suporte
da empresa com as trabalhadoras, uma vez que não existe vínculo trabalhista, fica transferido
para as diaristas os custos e riscos do trabalho, destacado nas falas como “não recebemos
transporte e alimentação” e “em caso de acidente ou doença” não temos assistência da empresa,
como ressalta (Abílio, 2020).
A pesquisa apresentou que as condições de trabalho descritas pelas participantes
mostrou-se precarizada, na relação de trabalho existe a fiscalização e controle da plataforma
como a assinatura de contrato especificando as regras e a obrigatoriedade de comunicação da
entrada e a saída dos atendimentos, entretanto a empresa se exime de obrigações trabalhistas
regulamentadas pela CLT, ou seja, dados da pesquisa apontam que embora exista o cumprimento de regras, as diaristas se encontram desamparadas, acarretado uma precarização
como destaca Luna e Oliveira (2021).
No que se refere à mobilização subjetiva das participantes percebe-se as vivências de
sofrimento quando são relatadas a sobrecarga de trabalho, a exigência dos clientes, a falta de
reconhecimento da empresa, as altas jornadas de trabalho, a baixa remuneração, e os riscos
psicossociais decorrentes dessa relação. Desse modo, as diaristas buscam estratégias de defesa
para que possam compensar o sofrimento advindo do trabalho. De acordo com Bueno e Macêdo
(2012), na mobilização subjetiva o trabalhador encontra formas de compensar o sofrimento
elaborando as vivências de prazer, como estratégias de enfrentamento os dados destacam que
as diaristas podem ficar mais tempo com os filhos, podem conciliar o trabalho com outras
atividades, a possibilidade de aumentar a agenda de clientes e consequentemente melhorar seus
ganhos.
Na pesquisa ficou demonstrado que apesar dos problemas enfrentados e das dificuldades
apresentadas, as diaristas gostam do trabalho que realizam.

 

Considerações finais
O estudo indica que diante dos avanços da tecnologia, vem surgindo novas formas de
trabalho oferecidas por plataformas digitais caracterizadas como uberização do trabalho, e surge
no mercado como um facilitador das relações trabalhistas oferecendo aos seus parceiros a ideia
de autonomia, flexibilização, liberdade além de maiores ganhos. Por outro lado, esbarra na
precarização do trabalho, uma vez que ela se desobriga dos direitos trabalhistas regulamentados
e de seguridade social, ficando as diaristas desamparadas legalmente. Ocorre um discurso de
que o trabalhador que atua por meio da plataforma é caracterizado como um trabalhador
autônomo e parceiro da empresa.
A pesquisa também indicou que apesar das participantes relatarem estarem satisfeitas com
a atividade que exercem e com a flexibilidade de dias e horários que esse modelo de trabalho
oferece, também se mostram insatisfeitas no que diz respeito à falta de suporte, recursos e
assistência da empresa, à falta de direitos legalmente estabelecidos e à baixa remuneração
recebida pelas diárias, à sobrecarga do trabalho além do desgaste físico e emocional. Algumas
participantes relataram a vontade de procurar outra oportunidade no mercado de trabalho, uma
vez que a plataforma não oferece nenhum tipo de segurança, caso elas necessitem em algum
momento.

 

As diárias a serem cumpridas pelas trabalhadoras se enquadram em duas modalidades,
de quatro horas ou oito horastrabalhadas, entretanto, a depender do local de trabalho esse tempo
é insuficiente para a realização da atividade de forma efetiva e satisfatória, ficando a diarista
com uma sobrecarga de trabalho.
De acordo com os dados coletados ficou demonstrada a insatisfação com o valor da
diária paga pela plataforma pois, além de não receberem a remuneração integral e justa, as
trabalhadoras arcam com as despesas de transporte e alimentação, não recebem treinamento,
EPI´S e o pagamento de seguridade social assim, caso ocorra imprevistos ou acidente de
trabalho, as diaristas ficam desamparadas.
A partir do que foi apresentado, observa-se a necessidade de as plataformas digitais
modificarem os pontos considerados negativos pelas entrevistadas para a melhoria das
condições de trabalho.
Sugere-se que sejam realizadas pesquisas mais abrangentes sobre essa modalidade de
trabalho através de aplicativos por se tratar de um tema relevante e em constante debate nas
discussões sobre a precarização do trabalho uberizado, a ausência de direitos trabalhistas e
assistenciais e os prováveis efeitos na subjetividade e na saúde mental do trabalhador.
REFERÊNCIAS
Abílio, L. C. (2019). Uberização: Do empreendedorismo ao autogerenciamento subordinado.
Perspectivas. V.18, nº 3. Valparaíso. http://dx.doi.org/10.5027/psicoperspectivas-vol18-
issue3-fulltext-1674
Abílio, L. C. (2020). Uberização: a era do trabalhador just-in-time? Estudos avançados, 34(98),
111-126. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3498.008
Almeida, L. H. A. dos A.; (2014). Diaristas: Trabalho doméstico ou autônomo.
https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/%2038645/diaristas- trabalhodomestico-%20ou-autonomo%3
Antunes, R. (2020). Trabalho intermitente e uberização do trabalho no limiar da indústria 4.0.
In: Antunes, R (Org.). Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo: Boitempo
Editoral, p.11-22.
Brasil. Lei 5.859 de 11 de Dezembro de 1972. Dispõe sobre a profissão de empregado
doméstico. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5859.htm
Bueno, M.; Macêdo, K. B.; A Clínica psicodinâmica do trabalho: de Dejours às pesquisas
brasileiras. (2012). v 2, n. 2. Revista Ecos.
http://www.periodicoshumanas.uff.br/ecos/article/view/1010

 

Biografia do Autor

Perla Santana de Siqueira, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduada em Direito pela PUC-GO (2005) Advogada licenciada pela OAB/GO  Graduada em Psicologia pela PUC-GO (2023) Especializanda em Psicopatologia e Terapia Cognitiva Comportamental.   Endereço: Rua 1.134, n.120.  Setor  Marista  Goiânia – GO

Kátia Barbosa Macêdo, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás (1994) Doutora em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999). Concluiu o pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e CNAM – França. É psicanalista formada pela Sociedade de Psicanalise de Brasília, ligada à IPA – International Psychoanalitic Association, sendo membro titular, professora titular e Analista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Goiânia. É professora titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Isabelle Rocha Arão, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

 Graduada em Fisioterapia e em Engenharia de Produção. Pós-graduada em Docência Universitária, em Ergonomia, em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Metodologias Ativas/Ensino On Line. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde, com ênfase em Saúde Pública/Saúde do Trabalhador e doutoranda em Psicologia pela PUC_GO.

Luciana Garrido Canuto, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduada em Pedagogia e em Psicologia. Especialização em Psicopedagogia. Professora da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia desde 2008. Mestre em Psicologia pela PUC_GO.

 


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